Reciclanip

23 outubro 2013

Reciclanip coletou e destinou corretamente mais de 285 mil toneladas de pneus inservíveis até setembro deste ano

A Reciclanip, entidade ligada à ANIP – Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, coletou e destinou de forma ambientalmente correta mais de 285 mil toneladas de pneus inservíveis durante 2013. Esta quantia equivale a 57 milhões de unidades de pneus de carros de passeio. Um pneu é considerado inservível quando não há mais condição de ser utilizado para circulação ou reforma.

 

Desde 1999, quando os fabricantes de pneus iniciaram esse processo, 2,56 milhões de toneladas de pneus inservíveis foram coletados e destinados adequadamente, o equivalente a 512 milhões de pneus de passeio. Desde então, os fabricantes de pneus já investiram US$ 221,40 milhões no programa até setembro de 2013.

 

“A previsão de investimento para 2013 é superior a R$ 85 milhões, valor superior ao investido no ano passado. Esses recursos são utilizados para os gastos logísticos, que hoje representam mais de 60% dos nossos pagamentos, e também para todos os investimentos de destinações. Temos hoje mais de 800 pontos de coleta e uma média de 60 caminhões transitando diariamente por cerca de 3.500 rotas. Toda essa complexa operação logística é comandada pela Reciclanip, que tem experiência acumulada desde 1999, quando começou a coleta pelos fabricantes”, explica Alberto Mayer, presidente do Sistema ANIP, do qual a Reciclanip é parte.

 

Logística reversa

 

Os 808 pontos de coleta atuais estão distribuídos em todos os estados e Distrito Federal e foram criados em parceria, em princípio com prefeituras de municípios com mais de 100 mil habitantes ou um consórcio de municípios que possibilite atingir esse número mínimo. As prefeituras cedem os terrenos dentro das normas específicas de segurança e higiene para receber os pneus inservíveis vindos de origens diversas. O responsável pelo Ponto de Coleta comunica à Reciclanip sobre a necessidade de retirada do material quando atinge a quantidade de 2 mil pneus de passeio ou 300 pneus de caminhões. A partir daí, a Reciclanip programa a retirada do material com os transportadores conveniados.

 

Para saber onde levar pneus inservíveis é só consultar a lista com todos os pontos de coleta que está no site www.reciclanip.org.br

 

Reaproveitamento ou queima

 

No Brasil, uma parte dos pneus inservíveis é reaproveitada de diversas formas, depois de ser moída e separada dos demais componentes do pneu, especialmente do aço, que também é reutilizado. Entre os produtos que reutilizam a borracha estão solados de sapato, materiais de vedação, dutos pluviais, pisos para quadras poliesportivas, pisos industriais e tapetes para automóveis. A borracha moída e separada também é misturada ao asfalto para uso em pavimentação, gerando o asfalto borracha, que apresenta importantes vantagens.

 

A maioria dos inservíveis é, no entanto, queimada como combustível alternativo nas indústrias de cimento, operação cercada de todos os cuidados ambientais necessários, com o uso de sistemas especiais de filtração e retenção.

 

Todas estas destinações são aprovadas pelo IBAMA como destinações ambientalmente adequadas.

 

“É muito importante que o consumidor tenha a consciência de não levar pneus velhos pra casa. Sempre que ele comprar um pneu novo, ele deve deixar seu pneu inservível na loja, que tomará as providências necessárias para que o pneu chegue até nosso ponto de coleta. Os pneus inservíveis descartados de forma errada contribuem para entupimentos de redes de águas pluviais e enchentes, poluição de rios e ocupam um enorme volume nos aterros sanitários e podem ainda ser foco para o mosquito da dengue. Se queimados de forma errada, geram poluição atmosférica”, diz Mayer.

 

Sobre a ANIP e Reciclanip

 

A ANIP – Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (www.anip.org.br), fundada em 1960, representa a indústria de pneus e câmaras de ar instalada no Brasil, que compreende dez empresas e 17 fábricas instaladas nos Estados de São Paulo (sete), Rio de Janeiro (três), Rio Grande do Sul (duas), Bahia (três), Paraná (uma) e Amazona (uma). Ao todo, responde por 26 mil empregos diretos e 120 mil indiretos. O setor é apoiado por uma rede com mais de 5 mil pontos de venda no Brasil com 40 mil empregos. Em 2007 a ANIP criou a Reciclanip, voltada para a coleta e destinação de pneus inservíveis no País. Originária do Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis, de 1999, a Reciclanip é considerada uma das principais iniciativas na área de pós-consumo da indústria brasileira, por reunir mais de 800 pontos de coleta no Brasil. Desde 1999, quando começou a coleta dos pneus inservíveis pelos fabricantes, mais de 2,56 milhões de toneladas de pneus inservíveis, o equivalente a 512 milhões de pneus de passeio, foram coletados e destinados adequadamente.

 

Seguindo o modelo de gestão de empresas européias, com larga experiência na coleta e destinação de pneus inservíveis, a Reciclanip é diferente no quesito remuneração. Em outros países, as empresas são pagas pelos vários agentes da cadeia produtiva para cobrir as despesas operacionais e garantir a destinação de pneus inservíveis. Os consumidores europeus, quando compram novos pneus para seus veículos, por exemplo, são obrigados a pagar uma taxa para a reciclagem dos pneus velhos. Aqui no Brasil, os fabricantes de pneus novos, representados pela ANIP, arcam com todos os custos de coleta e destinação dos pneus inservíveis, como transporte, trituração e destinação.

 

Prêmio-E

 

O trabalho de coleta e destinação de pneus inservíveis realizado pela ANIP/ Reciclanip recebeu um reconhecimento da UNESCO, o Prêmio-E na categoria “Economia”, entregue durante a durante a Rio+20, realizada em junho de 2012 no Rio de Janeiro.

 

A premiação, em sua 1ª edição, integrou a programação oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, com o objetivo de reconhecer as iniciativas socioambientais mais representativas dos últimos 20 anos, executadas após a ECO-92. Idealizada por Oscar Metsavaht, embaixador da Boa Vontade da UNESCO, o prêmio é uma parceria do Instituto-E  (http://www.institutoe.org.br/premioe/ ), Prefeitura do Rio de Janeiro e UNESCO.